Já aqui vos falei, a rebentar de indignação, sobre o crime ambiental e sanitário que permanece impune às portas de Maputo... e continuo perplexa com o escândalo que é o governo ter aceite, sem qualquer pudor, a decisão assassina dos dirigentes da Mozal (fundição de alumínio) de libertar directamente para a atmosfera os fumos resultantes do processo de fundição durante meses, período em que vão proceder à substituição dos filtros.
Em qualquer país da Europa isto nunca seria permitido e, mesmo que acontecesse sem autorização do governo, quando o assunto viesse a público as acções da empresa cairiam automaticamente na Bolsa, haveria, no mínimo, manifestações das populações circunvizinhas transmitidas em horário nobre e uma campanha da sociedade civil para o boicote ao consumo dos produtos dessa fábrica. Mas por lá, pelos fracos ecos que me chegam, nem sei sequer se a população faz ideia do que está a acontecer mesmo no seu quintal... Felizmente o Professor é um homem atento e tem denunciado a situação, com muito mais alcance e propriedade, mas será que vai ser suficiente?
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