domingo, 15 de janeiro de 2012

[instantes] no hospital de iapala


O pátio do Hospital de Iapala
(Iapala, Nampula)

São poucos os doentes que permanecem nas camas depois de acordar – só ficam os que de todo não se conseguem pôr de pé – e, para os observar temos sempre de os ir procurar ao pátio. Sempre o mesmo alvoroço hilariante todas as manhãs. Nunca antes me tinha passado pela cabeça uma situação destas: ir para o hospital trabalhar e ter de ir à procura dos doentes para os observar...

E nunca estão todos no pátio! Uns foram ao rio lavar a roupa ou tomar banho, outros foram ao mercado, outros foram a casa se moravam perto, outros foram à missa das 07:00, enfim... estão presentes à hora da medicação e depois fazem uma vida o mais normal possível, porque muitas vezes não têm quem lhes dê banho, lave a roupa, providencie lençóis lavados ou cozinhe para eles. Mas, fiel ao meu lema de em Moçambique não sejas romano, lá íamos trabalhando com as condições que tínhamos... 

Só algum tempo depois de lá estar é que perdi a paciência e consegui instituir a regra de que, desse lá por onde desse, às 07:00 tinham de estar nas camas para serem observados. Depois podiam ir às suas vidas, que hospital não é prisão. Mas havia limites para a indisciplina, caramba!

3 comentários:

  1. Não posso deixar de sorrir. Quanta diferença de nós!!

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  2. Yes Mam, sure mam!!!!!!!!!!!! ;-b

    Beijos de Pombal Big Aple,

    Ruiva

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  3. É verdade, Sahaisis, é mesmo outro planeta...

    Mrs. Ruiva, em sentido! lol

    Para eu perder a paciência é preciso mesmo muita coisa correr mal!

    (um) beijo de mulata

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