Ora então, em Abril foi a Páscoa, em que ficámos a saber, pela pena da minha amiga V., como se vive a noite africana durante a vigília pascal, em que, a partir de pequenos gravetos, nasce o "fogo novo" e se assiste à criação de uma fogueira quase mágica na noite mais longa do mato.
Abril foi também o mês em que vos expliquei o complexo funcionamento da economia do Gilé e o papel do Sr. Pompisk* na estabilidade do mercado [o paradigma de uma entidade económica reguladora da especulação desenfreada!]. Também vos falei de como se fazia o doce de arroz e coco com que me mimavam as mães dos meus meninos do hospital de Iapala.
Tudo o resto foram histórias, instantes, imagens, músicas... e o nascimento da pequena Beatriz. Enfim... mas se calhar já parávamos com isto. A verdade exposta em cru é que, tudo somado, tudo bem espremido, mesmo assim espremidinho até ao tutano, neste blogue não se aprende grande coisa. E quando se aprende, geralmente foi sem intenção. Adiante...
* Para ele, se nos estiver a ouvir, um grande abraço. Muita coragem e as melhoras rápidas! Se puderem, meus amigos, rezem por ele, torçam por ele, pensem nele. Quem vem aqui a este mato mais regularmente talvez já tenha intuído como o Sr. Pompisk é importante para o povo da Alta Zambézia...
Ao contrário do que dizes aqui aprende-se e MUITO!
ResponderEliminarA mim tens dado a conhecer um novo mundo, um povo, uma cultura que desconhecia. Uma humanidade cada vez mais rara e que eu tanto aprecio...
Minha querida BdM,
ResponderEliminarComo ousa afirmar, repetir (!!) que por aqui não se aprende nada? Eu sei, por exemplo, e graças a si, que só posso passar debaixo de um cajueiro se ouvir cantar os passarinhos!
Um sorriso a chilrear!