quarta-feira, 2 de março de 2011

[publicidade institucional] bodas beijo-de-mulata


Vamos dar início às celebrações das bodas beijo-de-mulata deste blogue, já que faz hoje um ano que começámos aqui no mato a contar as histórias das improbabilidades que nos vão acontecendo aqui e ali... E foi precisamente esta a primeira e tímida história de uma das maiores lições que aprendi com os Macuas (talvez apenas o Sr. umBhalane, o primeiro comentador desta casa, se recorde):

Há alguns anos, estava eu a fazer voluntariado médico em Moçambique, quando me vieram trazer um rapaz de 15 anos com os gânglios do pescoço muito aumentados de volume - era possivelmente um linfoma.

Duas semanas depois, ainda a tentar tratar da sua transferência para o Hospital Central de Maputo, observei novamente o adolescente e notei que os gânglios se tinham reduzido a metade. Nos entretantos a família tinha procurado um curandeiro que lhe dera a beber chá de beijo-de-mulata. Obviamente duvidei do curandeiro, duvidei de mim mesma, acreditei só no prognóstico e nos meus livros e com o acordo da família transferi o menino para a capital...

Anos depois, inteiramente por acaso, vim a descobrir que desta flor lindíssima se extrai a vincristina, um agente de quimioterapia activo contra o linfoma...

17 comentários:

  1. Parabéns, querida.. Que contes muitos.

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  2. Muitos parabéns ao magnífico blog!
    Presta um verdadeiro serviço público a toda a comunidade!!!!!!!

    :)

    Aqui fica a medalha de ouro, para quem tem o coração do tamanho do mundo!

    Beijos!

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  3. Muitos Parabéns!

    Espero que tenhas muitas mais histórias "na manga"... bem... os meninos serão sempre uma fonte inesgotável... ;)

    Bjs grandes

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  4. Muitos Parabéns pela persistência e qualidade!

    Beijinhos
    Marta Conde

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  5. Parabéns, adoro ler as tuas histórias, sente-se o coração nas palavras de saudade.
    Beijo

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  6. Já tomei muito disso (mas na versão toxicodependente, isto é: pela veia acima). É péssimo, embora os resultados fossem bons num cocktail a que se acrescentou adriamicina+bleomicina+doxocarbazina. Blhac! Longa vida, miss Moo.

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  7. Obrigada a todos! São vocês, felizmente, que me fazem continuar... Quanto ao "blhac" do Pedro à vincristina da minha querida flor... não se esqueça de que, apesar de todo o sofrimento, foi ela que lhe salvou a vida! Mas compreendo do que fala...

    (um) beijo de mulata

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  8. Muitos parabéns! Espero que conte muitos mais anos e histórias (e, a propósito, a história da alfândega não tem continuação? ;-))
    Ana Isabel Gândara

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  9. Cristina: Salvou, salvou? [um número de pontos de exclamação similar aos que usa habitualmente Marianne Ridethatsong]. Talvez, antes, conservou, não?... Bluurp [sorry].

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  10. Pedro, eu não me chamo Cristina, onde foi buscar essa ideia? O meu nome é Moo ;)

    E sim, diga o que quiser da vincristina... Fico contente por estar bem de saúde agora.

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  11. Ana Isabel, sim, a história continua. Este blog ainda não acabou. Só acabará quando vos contar a história do Lépido. Mas, como diria uma certa personagem de BD, amanhã ainda não será a véspera desse dia!

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  12. Que o Lépido fique para muito depois, que espero ainda brindar às bodas de prata deste mato! ;-D

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  13. Eu sei, mas não quero ter nome de veneno... Prefiro ser a Moo... ou então J-j-julia, mas isso pertence a outra história...

    (um) beijo de mulata

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  14. Querida Beijo-de-Mulata,
    Um beijo de parabéns e um xi de obrigada pelo teu blog. Queria escrever aqui coisas lindas para tu sorrires mas não consigo. Espero que baste dizer-te que gosto muito de te ler e que te admiro pela coragem de te aventurares mundo afora e corações adentro.
    Não te vás, sim? Não (me) importa que escrevas sobre África ou sobre a Europa, que escrevas sobre meninos ou pinguins, o que (me) importa é que escrevas. Muito e sempre tão bem. Já te disse que é uma delícia ler-te?
    Muitos parabéns então, e vai lá escrever mais um bocadinho, vai. Anda!

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  15. Half of what I say is meaningless... Moo shell bee

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  16. Bem, eu também passo de Julia a Cordelia num piscar de olhos, Mr. Ryder... A cada um suas idiossincrasias.

    Moo

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