sábado, 26 de março de 2011

[a hora do bolo] o bolo do lapsus linguae

E para quem ficou com curiosidade sobre o post anterior (ou para quem também tem sogros que estão a passar por um momento fervoroso de ovo-lacto-vegetarianismo) aqui vai a receita da pièce de résistance do meu amigo, o Bolo de Canónigos, agora com propriedade vocabular e letra maiúscula.

[Fortemente desaconselhado a diabéticos e a disléxicos. Para os disléxicos, um conselho: prefira o agrião ou os espinafres. São legumes mais seguros...]

Ingredientes
- margarina para culinária
- 4 ovos
- 1,5 dL de óleo de amendoim
- 100 g de canónigos bem lavados
- 380 g de açúcar
- 200 g de farinha
- 1 colher sobremesa de fermento em pó
Preparação
1. Ligue o forno e regule para 180º
2. Pincele uma forma com margarina para culinária e polvilhe-a com farinha.
3. Parta os ovos, separando as gemas das claras.
4. Deite as gemas, o óleo e as folhas de canónigos (cruas) no copo da varinha mágica e triture até estar tudo bem ligado.
5. Mude o preparado para uma tigela, junte ¾ do açúcar, a farinha e o fermento e misture muito bem com a vara de arames.
6. Bata as claras e, quando ficarem em espuma, adicione o restante açúcar e continue a bater até ficarem em castelo bem firme.
7. Envolva as claras no creme verde.
8. Deite a massa na forma e leve ao forno cerca de 40 minutos.

5 comentários:

  1. De canónigos duvido... Receita dela só se for de agrião colhido de manhã pela fresca à beira do rio.

    (um) beijo de mulata

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  2. Sim, muito mais bergmaniano. Por serem silvestres, os agriões tinham uns minúsculos caracóis chamados Lymnea truncatula; estes por sua vez infestados de fasciola hepatica. A jovem afilhada da cozinheira que os colheu lavou-os pensando noutras coisas, designadamente no filho do Conde que, no andar de cima, comia a mesma frugal salada que a jovem afilhada da cozinheira. Morreram ambos em dores excruciantes, antes de poderem ser salvos pelo Eduardo Barroso, mas a tempo de serem retratados pela Paula Rego e de a morte ser transmitida em directo na Tvi

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  3. Coisa mai linda... Haverá história mais arrebatadora e sensual que um Romeu e Julieta na cozinha?

    Mas tem de arranjar uma explicação muito plausível para o Eduardo Barroso não ter transplantado, na sequência de um glorioso apelo nacional, essas pobres almas... O que se passava? Já não respiravam quando ele soube que havia alguém para transplantar? E não dava para reanimar? Veja lá isso, Doctor P., olhe que o Dr. Barroso tem uma reputação a manter!

    (um) beijo de mulata

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  4. Simples: estava a acabar de fumar o seu charuto e perdido na explicação aos seus companheiros de mesa de como não resistia ao apelo de salvar vidas...

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