Depois de várias reclamações hilariantes a propósito do post de anteontem sobre a senhora com perturbação esquizoafectiva no serviço de urgência (que não linco porque já passa das 05:00 da madrugada e deu-me a preguiça, mas é fácil de encontrar, basta fazer um scroll down, por amor de Deus, vocês estão muito mal habituados), depois de alguns pedidos de esclarecimento velados da parte de pessoas que se sentiram atingidas - ó valha-me São Vito, obviamente não estava a falar de ninguém que eu conheça! E depois de dois ou três "Ah e tal, eu também já estive a tomar o Effexor e não estava como essa senhora", gostaria de fazer as seguintes ressalvas:
a) todas as histórias aqui contadas são verídicas e as explicações apresentadas são, em última análise, da exclusiva responsabilidade da autora que escreve por aqui. E que escreve como pode. E quem dá o que tem... Desculpem qualquer coisinha, tá?;
b) a senhora com perturbação esquizoafectiva estava, de facto, perturbada, passe o pleonasmo. Completamente fora da realidade. Passada dos carretos. Acho que isso é imediatamente perceptível pela maioria das pessoas que leram as primeiras... er... cinco linhas do post. (Existiria, claro, uma hipótese alternativa, que era tratar-se daquela professora de Mirandela que posou para a Playboy e andou nas bocas do povo e da comunicação social durante semanas, mas essa provavelmente nunca iria ao São Francisco queixar-se de que a incomodava que os homens agora a andassem a ver nua...);
c) a senhora estava medicada com lítio, que é um estabilizador de humor e três antipsicóticos potentes. O Effexor, que é um antidepressivo dos mais utilizados, seria só para adicionar à restante medicação para lhe tratar, pelo menos parcialmente, a depressão. Não serviria para tratar todos os outros sintomas e delírios. Até aqui tudo bem? Estão comigo?;
d) o corolário do enunciado e das alíneas anteriores é que os estimados leitores que estejam ou já tenham estado a tomar o Effexor XR 75 e que não estão medicados com lítio e mais três antipsicóticos potentes, provavelmente não estão fora da realidade e não precisam de pensar que afinal estão doidos e não tinham dado por nada.
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