segunda-feira, 10 de maio de 2010

[what happened in nice...] stayed in nice

Don't ask... These were the remains of Côte d'Azur...

Primeiro Acto: Uma leve sensação de corpo estranho, quatro dioptrias que se tornaram visíveis, a mesma frase repetida até à náusea de duas em duas horas, que incluía as palavras colírio, cipro e uma hipotética ida ao serviço de urgência, uma empregada de limpeza hiperactiva, uma lebre ligeiramente mal passada, uma intrigante adenomegália cervical que se revelou afinal uma francesinha tularense, uma barra de sabão fino de Marselha, uma écharpe de penas amarelas (entre o kitsch e o provocante), um gin sem água tónica, uma medalha de prata em Brinholas, um expresso para oriente à beira-mar, uma tribuna improvisada para a fórmula 1 de Monte-Carlo, a demanda por um jardim exótico, a suspeita de que o jardim afinal não existia, a construção de uma demanda pessoal que incluía o Santo Graal, um troglodita da Capadócia e o mesmo jardim exótico, um concurso adolescente, duas equipas improváveis, uma vitória por uns esmagadores 3-1, um desastrado lapso linguístico que gerou a confusão entre um oxímoro e um parasita intestinal, várias extravagâncias culinárias, a promessa irregularmente cumprida de não regressar no dia seguinte.

2 comentários:

  1. seria assim tão improvável esta conjuntura? vendo à mística distância de duas fronteiras, as dúvidas persistem: porque é que não comemos todos um gros pot aux chocolat, se comemos 2 crepes nutella??? porque é que ficaremos para todo o sempre com a curiosidade do calvadus insaciada?

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  2. Não será certamente para todo o sempre. A sede de Calvados será saciada no próximo ajuntamento de massas (não há bebida que não exista na garrafeira de Campo de Ourique!)

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