quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

[cada mulher é uma ilha] ...que o mar só toca porque quer




O dia em que o Índico se tornou frio e distante e decidiu esquivar-se ao contacto íntimo e envolvente com o seu corpo... Nesse dia, a mulher, alheia a tudo quanto já tinha deixado de existir em seu redor, apanhava marisco na maré-vaza...



...no final do dia, a mulher, com o cesto cheio, levantou a cabeça e seguiu o seu caminho por entre as águas, acreditando ainda que pelo menos o mar e o céu são garantidos... e nunca chegou a perceber que o mar nos toca apenas porque quer. E o céu só ilumina quem ama...
(Ilha de Moçambique, Nampula)

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