segunda-feira, 3 de outubro de 2011

[improbabilidades] a explicação dos sapos...


Wise Up, por Aimee Mann
(Cena de Magnólia, 1999)

Quando sapos cobriram o Egipto, no livro do Êxodo, foi sinal de graves problemas. E essa foi somente a segunda praga das dez que implacavelmente o atingiram antes que o faraó abrisse os olhos e libertasse Israel da escravidão! Uma chuva repentina de sapos é um dos eventos mais bizarros que pode acontecer mas, meus caros amigos, podem acreditar que não é assim tão incomum...

Claro que os estimados leitores nunca foram tranquilamente à casa de banho lavar os dentes e deram de caras com um sapo no lavatório ou no balde com que tomavam banho, quanto mais com centenas de sapos caídos numa estrada nocturna, algures no meio do Alentejo, depois de um fim de semana de sonho, em que sabiam que dentro de poucas horas haveriam de acordar para nunca mais em toda a sua vida sonhar com a mesma tranquilidade. Ou pelo menos não de um sono só... Mas esta vossa amiga já.

Aquela cena final de Magnólia, que deixou de queixo caído, com nojo e um pouco impressionado quem viu o filme é um retrato quase fiel do fenómeno. Contudo, há uma explicação simples para aquela aparente fantasia bíblica: ela envolve redemoinhos de ventos e criaturas de baixo peso. Os sapos podem pesar somente alguns gramas e, mesmo os mais pesados, podem ser facilmente arrastados centenas de metros por ventos fortes.

E sim, é verdade, meus amigos, choveram sapos nesse dia. Há precisamente um ano atrás. Não foi por causa da chuva e dos sapos que nunca mais dormi de um sono só... mas esta chuva, para mim, é como para o faraó egípcio: it's not going to stop 'til you wise up!

(Adaptado daqui)

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