Como se atravessa esta estrada? Bem, primeiro reza-se o responso a São Cristóvão... Ah, não existe? Improvisa-se, ora essa! Depois inspira-se, mete-se a primeira, mete-se a tracção... avançamos, aceleramos, nada de embraiagem, nada de mudanças, nem sequer uma segunda, continuamos a acelerar, a olhar apenas em frente enquanto fechamos os ouvidos. É imprescindível não ligar aos suspiros e aos "Ai, Jesus!" de quem está ao nosso lado e, necessariamente, menos optimista. Continuamos, sem fechar os olhos, sem um pestanejo, sem respirar... Pronto, já passou tudo! Expiramos e agradecemos. O companheiro do lado, agora menos pessimista, engole em seco. Metemos a segunda - num devaneio quem sabe até uma terceira! - e a viagem continua.
(Algures perto de Nampula, Moçambique)
Fotos da Irmã Helena
Passei por isto algumas vezes com os meus pais.
ResponderEliminarÉ mesmo assim. Não pestaneja, não respira e já está.
:)
Obrigada pela partilha, Luísa! Se quiseres vir aqui contar essas aventuras agradeço!
ResponderEliminar(um) beijo de mulata
Qualquer dia... num daquelas que consiga não chorar.
ResponderEliminarBeijo