[inspiração pra uma despedida] a dor da gente não sai no jornal
Tentou contra a existência Num humilde barracão, Joana de tal, por causa de um tal João. Depois de medicada, Retirou-se pro seu lar. Aí a notícia carece de exatidão, O lar não mais existe; Ninguém volta ao que acabou. Joana é mais uma mulata triste que errou. Errou na dose, Errou no amor; Joana errou de João. Ninguém notou, Ninguém morou na dor que era o seu mal; A dor da gente não sai no jornal...
Haroldo Barbosa/ Luiz Reis, 1961
(Obrigada ao Vítor, correspondente honoris causa deste mato, agora em parte incerta...).
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