Uma das coisas que aprendi na vida do dia-a-dia é que o mundo se divide entre as pessoas que numa situação de "tudo ou nada", tendo o poder de decisão, arriscam tudo porque podem ganhar e as que não arriscam porque têm medo de perder.
Não há orientações clínicas ou tratados, bíblias ou valores morais, convicções existenciais ou religiosas que ajudem nas decisões desses momentos. É muito mais profundo do que isso. Muito mais profundo do que alguma vez podemos pensar quando nos colocam a situação em termos teóricos. Não sei se se chama personalidade ou história de vida ou se se trata de uma mera dualidade optimismo/ pessimismo. Só sei que às vezes a vida não é fácil.
E, no final, o que cada um faz com as decisões que toma... ou com as decisões de outrem que foi obrigado a aceitar... é ainda mais difícil. Podem tornar-se os fantasmas ou as fantasias de toda uma vida. Felizes os que esquecem porque deles são as noites de um sono só...
Apetecia-me então falar em destinos, em fados... em fatalidades ou lufadas de sorte. Mas reparo entretanto que isso foi excluído nas "convicções existenciais". É então "muito mais profundo" e caio em mim ao notar que não consigo mergulhar nesse "muito mais profundo", atiro então para as convicções existenciais trajadas de destino, fado, fatalidade.
ResponderEliminarAdorei este post, se fosse possível exprimir-me fisicamente perante o que me fez sentir teria de ser elástica para que as pernas me levassem às nuvens (sem que os pés abandonem o chão) e puxada de novo à normalidade num segundo. Tipo vavumm, fui e voltei e ainda estou a processar.
Só acho que às vezes, apenas às vezes a vida é fácil.
Obrigada, menina Maria da Provocação... Escrevi este post com várias situações em mente. Todas as minhas fantasias e quase todos os meus fantasmas vêm de situações destas. Infelizmente não acredito no destino, o que talvez tornasse tudo um pouco mais fácil...
ResponderEliminar(um) beijo de mulata