Dois anos e meio, três anos. Já cheguei à conclusão que é nesta idade que eles mais nos surpreendem e nos divertem com as suas concepções do mundo e extrapolações de linguagem. Desde o meu sobrinho, que se recusa a acreditar que o nome da mãe é Catarina desde que descobriu que a avó lhe chama "Filha" até um menino de três anos (sobredotado, não tenho dúvidas) que ontem aprendeu a letra D e, depois de eu lhe explicar que D era a letra do nome dele, apresentou-me de imediato uma lista interminável de palavras começadas por D, que incluía as palavras Domingo e "thalada"... (bom, para além de sobredotado também era "sopinha de massa"... but nobody is perfect, right?)
Depois comecei a perguntar-lhe as cores, abri um livro e mostrei-lhe a imagem de um comboio. Apontei para a janela e ele respondeu de imediato que a "thanela" era "athul".
- Azul quê?, perguntei-lhe.
- "Athul-thanela"!
[Já vos disse que tenho a melhor profissão do mundo? É que gosto sempre de repetir, não vá existir por aí alguém que ainda não tenha percebido...]
* Timbre da voz de uma criança antes da puberdade.
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