sexta-feira, 16 de agosto de 2013

[vozes brancas*] e raciocínios irrepreensíveis

Esta tarde, depois de almoço comigo e com os avós, o baby-de-mulata (agora já com dois anos e pouco), perguntava se podia cheirar o meu café (pequeno ritual de iniciação aos prazeres deste vício tão saudável e delicioso). Depois, como sempre, perguntou se podia provar. Respondi-lhe que não, que só quando fosse crescido, como a mãe e como os avós.

- O baby não, só a mamã e os avós - repetia, como um menino bonito que estuda a lição, sabendo de antemão que isso é coisa que me derrete.
- Pois, muito bem, querido!
- A mãe bebe?
- Sim, meu amor!
- A vovó também bebe?
- Sim, a vovó também bebe.
- O avô bebe?
- Não, meu amor, o avô não gosta.

O baby sorriu, absolutamente deliciado com a resposta. Finalmente um aliado de peso!
- O avô também é pequenino?

(Estou tão orgulhosa deste primeiro "vozes brancas*" da autoria do meu baby!)

* Timbre da voz das crianças antes da puberdade.

3 comentários:

  1. Um baby à altura e medida de sua mãe! Bem podes estar orgulhosa do teu menino e de ti, do trabalho que fazes com ele!

    Um beijo da cidade das acácias embrulhado em capulana de mil cores...

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