Foi nessa altura, mais ou menos, que o ilustre Pipoco escreveu qualquer coisa como (cito de memória, que não consigo encontrar o post exato): "Tendo a não me sentir atraído por mulheres que ostentem o interior do carro desarrumado ou com lixo." E a verdade é que a loira que há em mim ficou aterrada! Literalmente sem ar. A mulata que me habita, por seu lado, sentiu um desconforto inenarrável, como se tivesse sido avistada em público com uma capulana do avesso. Não conseguia conceber tamanha injustiça e falta de compreensão para com quem tem de viver diariamente com dois cromossomas X* e ainda assim faz um esforço hercúleo para funcionar como se nada fosse. Desde quando é que a feminilidade de uma mulher se mede por esses cânones? Já a mãe que estava a nascer dentro de mim acatou o recado como se de uma ordem se tratasse, e começou a dar a atenção devida ao assunto, que há que dar o exemplo desde sempre!
E foi por este desconforto, admito, que nunca mais segui a palavra de Pipoco. E também foi por isto que passei a arrumar o carro como se fosse o meu escritório.
Até ao dia em que a minha querida Mimi Burnay me fez um genial saco para o carro! Lindo, com um estampado floral exterior e plastificado por dentro, à prova de todo o tipo de lixo. Eu ganhei uma alma automobilística nova, uma confiança e autoestima que nem 50 horas de ginásio e esteticista conseguem conferir. E o meu carro ganhou um acessório novo. E lindo. À prova de Pipoco!
(É tudo por hoje, a silly season continua dentro de momentos...)
O épico saco de lixo para o carro, por Mimi Burnay!
* Isto não é uma aneuploidia?!
Há lá melhor forma de começar a semana sem ser com sorriso por ler o que escreveu?
ResponderEliminar(caramba, se isto não é seguir a mítica Palavra de Pipoco...)
Obrigada, grande Pipoco. Agora que me reconciliei comigo própria e encontrei um novo modo de estar no automóvel, hei de ir olhar as vistas da sua janela de quando em vez!
Eliminar(um) beijo de mulata