Numa sociedade cada vez mais desigual, surgem estes pequenos sinais de igualdade: hoje em dia, para apanhar uma doença erradicada, já não viajamos para uma zona miserável de África, vamos para um dos condados mais opulentos dos Estados Unidos.
Claro que continua a haver diferenças. No terceiro mundo, os ratos transmitem doenças às pessoas. Nos países desenvolvidos, as pessoas é que contagiam os ratos. Na Disneylândia, só desde Dezembro, já infectaram 7 Mickeys, 4 Ratatouilles e um Fievel.
Este ressurgimento do sarampo sucede porque o movimento antivacinas garante que há uma ligação entre vacinação e autismo. E é capaz que seja verdade. Ouvindo as pessoas que se recusam a vacinar os filhos, nota-se o discurso repetitivo, a incapacidade de comunicar e as dificuldades de aprendizagem típicas do autismo.
Mas é possível convencer os fanáticos antivacinas. A minha filha é ideologicamente contra as vacinas — começa a chorar sempre que estamos no mesmo código postal do Centro de Saúde — mas é aberta à razão. Principalmente se a razão for de chocolate e derreter.
Por José Diogo Quintela, aqui.
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