domingo, 3 de maio de 2015

[reflexões para uma madrugada de telha] dia da mãe

No outro dia abri a boca de espanto quando ouvi uma preleçãode uma colega de outro serviço do hospital. Uma mulher severa, altamente narcísica, sem um pingo de empatia por quem sofre e por quem está em dificuldades, incrivelmente sensível, incapaz de um elogio a não ser a alguns (poucos) seus eleitos. Para o caso talvez seja relevante mencionar que é solteira e que nunca teve filhos...

E perguntam vocês, meus caros amigos: "Sobre que tema pregava tão distinta figura?"

Sobre Parentalidade Positiva. E enchia a boca com a aliteração... Explicava algumas "técnicas" a uma jovem mãe, pediatra de outro serviço, que a ouvia com atenção, com o seu melhor sorriso amarelo, tentando encontrar um buraco, por entre o discurso verborreico, por onde pudesse escapar.

Só me fez lembrar a severa diretora do colégio de freiras de uma amiga minha, que há muitos anos, inaugurou um discurso de duas horas deste modo: "Hoje é o Dia da Mãe. Eu não sou mãe... mas já li muito sobre o assunto, portanto cá vai!" .


E é isto, meus amigos... [Nota-se muito que estou de banco, que são seis da manhã e que já não vejo o baby-de-mulata há mais de 24 horas?]

1 comentário:

  1. NOTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Mas sobre essa "moda" da parentalidade positiva, infelizmente há mutiasssss aberrações de quem é mãe e, alegremente, as divulga neste maravilhoso mundo da internet... um dia mostro-te! Beijos prima!

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