sábado, 21 de junho de 2014

[uma vez loira...] sentido de orientação

Há dias, eu brincava animadamente com o baby-de-mulata pelo corredor acima, com ele montado numa capulana colorida, com animais estampados. Era "o táxi da nossa rua". "Para onde deseja ir, senhor baby-de-mulata?" "Pa'a o ja'dim da est'ela!" "E´ para já, senhor!"

Às tantas, baby-de-mulata apanhou novamente o táxi para voltar para casa: "Para onde deseja ir agora, senhor baby?" "Para a minha casa!"

Nisto fiz-me de parva para ver se ele sabia o caminho de memória. "E como se vai para lá, senhor baby?" "Vamos pela rua que sobe, mãe." "Mas como, baby, viramos à esquerda ou à direita?" "P'imei'o é à esque'da e depois sobe." "Mas como, baby, antes ou depois dos sinais?"

Nisto vejo o meu filho a dar o seu primeiro suspiro com cara de d'ah... Um revirar de olhos para cima. Uma cara de "não vale a pena, desisto":

- Mãe, pa'a ir pa'a casa é p'eciso um táxi a sé'io.

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