domingo, 4 de novembro de 2012

[socorro! tenho uma mãe beata!] histórias do baby-de-mulata

O baby-de-mulata e baby M., seu primo pseudo-gémeo, andam nas aulas de música para bebés desde que a escola de música abriu em Setembro. As aulas são muito dinâmicas e divertidas e assim sempre se apazigua o trauma da sua mãezinha, que já contava 17 primaveras bem passadas no dia em que, por milagre, um professor de canto que não a conhecia de lado nenhum, na primeira aula lhe colocou a voz em 5 minutos! (Rezei por ele durante anos, que o que aquele homem fez pela minha autoestima, nem uma estátua com o meu busto no Marquês de Pombal! E, portanto, ó gentes vos juro, no meu saber de experiência feito: "no peito dos desafinados também bate um coração", é certo, mas estamos sempre a tempo de afinar!)

Nas aulas de música para bebés, depois de um acolhimento e do "Bom Dia", descalçam-se os meninos, e a aula inicia-se com pais e filhos de joelhos, mãos para cima e um "pá-pá-rá-rá-pááááá... pum!", num exercício de tónicas e dominantes algo espalhafatoso para lhes captar a atenção e fazê-los rir!

Ora, no outro dia, na missa, o baby brincava no chão enquanto sua mamãe cantava no coro, quando ele se deu conta de que se tinha feito silêncio e as pessoas estavam ajoelhadas. Largou os carrinhos, ajoelhou-se também e, em posição, vá de "pá-pá-rá-rá-pááááá... pum!"

E enquanto os meus amigos sorriam e desviavam o olhar para não se rirem, eu mandava-o calar, babando discretamente. Sim, que o menino podia ainda não ter captado a mística da religião, mas tinha apanhado a tónica e a dominante da música que tínhamos acabado de cantar! Cada um é para o que nasce, já sabemos...

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