domingo, 24 de fevereiro de 2013

[a quebra do silêncio] simplex III

Pois que o mato andou calado durante uns tempos, em modo de hibernação, e por aqui só se ouvia o chilrear dos passarinhos no cimo dos cajueiros e pouco mais. Em parte isso deveu-se ao facto de o meu computador ter tido uma paragem curto-circuitória e eu não me ajeitar muito a escrever no Marvin, o meu andróide paranóide. Foi difícil sobreviver à constatação dolorosa de que o backup que eu tinha dos discos já tinha para cima de um bom par de meses, mas felizmente parece que a memória do bicho está intacta, tinha era mais cotão na ventoinha do que uma casa de três homens solteiros sem empregada, e ainda teve mais um diagnóstico que neguei violentamente mas que toda a gente sabe que é verdade: sim, eu  confesso, adormeço com ele ligado quase todas as noites. Mas adiante, que estava a explicar-vos esta silly season fora de horas.

Em parte também estivemos ocupados a tentar tratar do cartão de cidadão do "baby-de-mulata". Como ainda estamos naquela fase cinzenta em que ainda não temos a adoção plena mas já temos vontade de viajar, fomos tentar tratar dos documentos obrigatórios, os que qualquer cidadão deve ter e aos quais tem direito. Pois... Não conseguimos. Por mais que me informe através da linha de apoio, quando chegamos à hora da verdade falta sempre algum papel. Ou uma cópia. Ou três cópias. Agora já sabemos que temos de ir à cidade de origem do baby buscar mais uma certidão. Mas um dia... ah, um dia... Um dia, meus amigos, hei de sair triunfante da Loja do Cidadão como esta heroína aqui abaixo!


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