O cartaz da campanha de apelo à comunidade Cabo-Verdiana...
Meus queridos amigos, aqui há atrasado falei-vos do Lázaro, o nosso menino Angolano, internado havia cento e vinte e tal dias no meu hospital por uma aplasia medular muito grave. Falei-vos da saga que foi trazer o seu irmão Lito para Portugal, miraculosamente compatível e saudável! A propósito, deixei a história a meio [ver O Mato em Lisboa] porque se foi tornando cada vez mais dolorosa. Mas agora parece estar tudo mais encaminhado. Qualquer dia volto a ela.
O que nunca vos disse foi que, quase no mesmo dia, foi internada uma outra menina, a Arina, vinda de Cabo Verde, São Nicolau, com exactamente a mesma doença. Fui eu que a recebi, vinda directamente do aeroporto e internei-a com o coração nas mãos. Ela não tinha pinga de sangue. Eu fiquei vazia nas veias e no coração...
Mas a história desta menina linda, esperta e meiga de derreter corações tem sido um calvário para todos...
A menina tem quatro anos, uma aplasia medular grave e precisa de um transplante urgente, mas não tem dador. Já analisámos a família toda, procurámos no banco nacional, nos bancos internacionais e nada...
A questão fulcral é que a probabilidade de encontrar um dador compativel é maior quando se procura entre pessoas da mesma origem, porque os genes são mais semelhantes, e em Portugal tal como no resto do mundo, não há qualquer banco de medula de pessoas de origem africana, de Cabo Verde em particular...
Daí, surgiu a ideia de lançar uma campanha de sensibilização para doação de medula óssea entre os naturais de Cabo Verde residentes em Portugal. E mesmo que não seja possivel encontrar um dador, esta iniciativa pode deixar uma oportunidade para outro doente que necessite também de um transplante no futuro.
Qualquer pessoa pode ser dadora, desde que seja saudável, tenha entre 18 e 45 anos e resida oficialmente em Portugal (mais informações aqui). Podemos lançar aqui a fundação de um banco de medula óssea com genes de Cabo Verde!
Quanto a nós... nós acreditamos que é possível salvar a nossa menina!
Vai haver um período de colheita na Universidade Lusófona no dia 11 de Julho, e o Centro de Histocompatibilidade e o Hospital Dona Estefânia estão abertos todos os dias (ver foto).
Divulguem esta iniciativa, peço-vos! Nunca se sabe de onde virá a solução!
Olá! Tomei a liberdade de publicar este pedido na minha página do facebbok. Espero ajudar desta forma e sobretudo que a menina fique bem.
ResponderEliminarObrigada! A Arina merece tudo!
ResponderEliminar(um) beijo de mulata
Há muito que te leio, sem comentar, mas encantando-me com as histórias e as fotos de África, mais as vozes brancas e os episódios das urgências. Hoje tinha de comentar, para dizer que já passei palavra e que espero que a Arina encontre o doador da medula de que tanto precisa.
ResponderEliminarBdM,
ResponderEliminarBoa sorte para os teus meninos. E muitos mimos.
Um sorriso!
Conceição Dias
ResponderEliminarMandei uma mensagem, com a noticia para a Associação Caboverdiana de Setúbal, espero sinceramente que a leiam, e a divulguem.Foi o que ocorreu, pois existe uma grande comunidade de caboverdianos em Setúbal.
A minha família é de Cabo Verde. Infelizmente não posso doar medula porque tenho uma doença crónica autoimune. Mas vou passar a palavra à minha família, para que eles o possam fazer!
ResponderEliminarMuito tocante...
Beijinhos
Eu publiquei de manhã no FaceBook e pedi a um enorme amigo de Cabo-Verde (Jorge Joe Martins no Facebook) que divulgasse junto da comunidade Cabo-Verdiana.
ResponderEliminarObrigada a todos! Muito obrigada! Irei dando notícias da nossa princesa!
ResponderEliminar(um) beijo de mulata
Vou partilhar na minha pagina do fb também. Não posso ser dadora mas tenho uma filha que acabou de fazer 18 anos e que quer ser dadora, concerteza que como caboverdiana se sentirá mais motivada por ajudar esta pequena irmã. Bem Haja e boa sorte para a Arina
ResponderEliminarEu também já partilhei no fb. Que Deus ajude a encontrar dador!
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