quarta-feira, 24 de agosto de 2011

[and now, for something completely different...] irritações domésticas

O meu frigorífico anda a pisar o risco. Anda de uma frigidez agressiva, capaz até de congelar uma alface no tabuleiro dos frescos! Ontem foi uma meloa inteira para o lixo, queimadinha, queimadinha que até fazia aflição... Hoje pu-lo de castigo na varanda para lhe dar uma coça nos entrefolhos, a ver se aprende. E não me venham dizer que ele é capaz de gostar e de se habituar a coças daquelas, que eu quando quero não sou nada meiga... Ele que não se arme ao pingarelho comigo, que eu sou muito bem capaz de viver sem ele. E para colar post-its qualquer parede serve. Em último caso troco-o por outro! Manias de prima donna, é o que ele tem. Ah, mas ele que não se atreva a boicotar a minha galinha à zambeziana de amanhã, que lhe canto um sermão que nunca mais se arma em Polo Norte!

Pronto. Era só isto. Já me sinto mais aliviada. A emissão segue assim que conseguir resolver a questão do molho de bróculos congelado (grande metáfora para algumas vidas!).

10 comentários:

  1. Querida Beijo de Mulata,
    Alegre por a ver tão bem disposta apesar dos problemas de refrigeração. Podia ser pior, afinal de contas, e o frigorífico ter-se armado aos cucos com a máquina de lavar a roupa e a tramóia entre os dois dado num 31 ainda maior.
    Um sorriso!

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  2. Pois, aqui para nós que ele não nos ouve, ele faz-me falta... Até era ele quem me atendia as chamadas quando eu não estava e colava os recados na porta, era ele quem me tratava das plantas (claro que era preciso deixar-lhe tudo orientado e as plantas por ali para a água que vertia fossem ter ao vaso, mas pronto... sempre era uma ajuda). Mas ele que não se atreva a dar-me outro desgosto!

    (um) beijo de mulata

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  3. Que esteja aborrecida com o frigorífico ainda entendo.
    Agora que seja injusta com ele, já não.
    Então para uma galinha à Zambeziana, para que é preciso a geleira?

    Basta a dita, frango de campo ou do mato seria melhor, sal, piri-piri, coco, azeite/outro, alho, limão (tudo bem pilado, numa pasta), barrar muito bem a dita, e assar em brasas bem vivas, pincelando com paciência, devagar, devagarinho.

    Bom apetite.

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  4. É que estava a pensar fazê-la de véspera, umBhalane. Mas já vi que é capaz de não ser boa ideia. E assim sempre ensino àquele senhor que vive ali no canto da cozinha que não me serve para muito, só para colar post-its...

    Nem de propósito, ontem estive à procura de receitas! A sua veio mesmo a calhar... Pelos vistos tem experiência do que me fala. Pode ser que aqui, na Catalunha, eu também "apanhe sorte".

    (um) beijo de mulata

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  5. Já experimentou reduzir o volume do frigo? No Verão tenho sempre de fazer isso ao meu.

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  6. Mas atenção.

    Coco, significa leite de coco.
    Na Zambézia usavamos o coco fresco, ralava-se a amêndoa, e num pano espremia-se com auxílio de um pouco de água quente, para conseguir o suco, ou leite de coco.
    No mercado existe leite de coco concentrado, sendo os melhores os da Tailândia, Malásia,...
    Não gosto do Brasileiro globo - é muito aguado.

    Bom trabalho.

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  7. Pedro, controle-se! Quando uma mulher desabafa, o que quer é que lhe digam "tens razão, tens razão, ele é um sacana e tu não merecias isto!" Não quer que lhe dêem uma solução. Mas, por acaso desta vez escapa... Até porque tenho esperança que funcione ;)

    umBhalane, muito obrigada! Fui ver que leite de coco tinha no frigorífico e é precisamente da Tailândia. E não tem abertura fácil, mas isso é um pormenor. Quem não precisa de frigorífico também não precisa de abre-latas! Aprendi a aazer leite de coco com as Irmãs do Gilé, mas dá uma trabalheira e a minha vida não é isto... ;)

    (um) beijo de mulata

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  8. Já agora, como é que as "Mamères" do Gilé faziam o leite de coco?

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  9. Exactamente como descreveu, mas sem o paninho, tudo à la pata...

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  10. As "minhas" Mamères, as Franciscanas do Colégio de S. Francisco de Assis, no Luabo, já lá vão uns tempitos, eram menos "pecaminosas".

    Não deixavam passar os pedacitos de coco.
    Que causam impressão a mastigar, aos mais sensíveis/puristas.

    E aqueles hábitos impecavelmente branquíssimos que só deixavam ver a cara!!!

    Hoje são mais escuros, e até a cara tapam.
    Que a "moda" não pegue.

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