Interrompemos este silêncio para explicar que andamos muito ocupados porque o baby-de-mulata está a aprender a andar! Eu, que não sabia o que era uma dor de costas até baby M. (o meu sobrinho mais novo) ter nascido, estou agora a começar a perceber nos costados o sentido da palavra "cruzes"... Eu achava-me imune a esse tipo de achaques, calculem! Mas tem valido a pena.
Quando chegou cá a casa, há um mês, o baby não se conseguia sequer pôr de pé! Na primeira noite, de tal forma estava excitado e com vontade de sair da cama de grades que se pôs de pé uma vez e eu fiquei louca. Mas depois, durante duas semanas não repetiu a façanha... Andava apenas com o apoio dos dois braços e mesmo assim conseguia cair de joelhos várias vezes por dia.
Entretanto encontrámos várias soluções, desde empurrar o carrinho de passeio na rua até empurrar uma cadeira, comigo, as usual, a "cantar" o som que ele produzia, e com ele a rir que nem um perdido pela casa fora... Andámos literalmente quilómetros. Aqui no bairro já se metiam com ele, chamavam-lhe "o menino da cadeirinha" e achavam a nossa técnica genial. Agora, de tanto praticar, ontem ganhou confiança, largou-me a mão na sala e correu para o sofá! Deixou-me em pânico um segundo, mas controlei-me e consegui não gritar. E depois ficámos os dois em êxtase! Hoje está farto de andar pela casa toda! Graças a Deus, a bem das minhas costas e da autoestima dele!
Nada como o estímulo para que as crianças cresçam.. lembro-me quando o N. chegou lá a casa no dia em que fazia um ano.
ResponderEliminarQuando chegou só se sentava e só apanhava o que estivesse ao alcance da mão... passado um mês já nós tínhamos saudade do tempo em que ele só estava sentado... tal era a energia que colocava em tudo o que queria fazer.
Jorge
Que maravilha, Jorge! Obrigada pela partilha!
Eliminar(um) beijo de mulata
De vez em quando também tenho um desses momentos "Deixou-me em pânico um segundo, mas controlei-me e consegui não gritar". Pelo menos uma vez por semana. E normalmente também é seguido por uma fase de êxtase. Tudo isto fantastico.
ResponderEliminarÉ indescritível, realmente! :)
Eliminar:) tão bom!
ResponderEliminarbrigda, Dani ;)
Eliminartão bom!
ResponderEliminarainda hoje, ao pequeno-almoço, estava a conversar com a minha pequena (7 anos) sobre o momento em que ela começou a andar, e aquela fase... q delícia! ela adorou
São momentos em que eles se superam! É lindo!
EliminarParabéns por esse amor e generosidade imensa. Parabéns pelos primeiros passos do teu filho, cuja história li no outro dia absolutamente fascinada (e comovida). Muitos parabéns, mesmo!
ResponderEliminarObrigada! Um beijinho
EliminarEu bem disse que esse baby-de-mulata ia desabrochar com muito amor! Recordo bem também o dia em que a minha filha começou a andar - e nunca mais parou :-)
ResponderEliminarQue ternura. Deve ter sido um momento mágico.
ResponderEliminarA minha filha também começou a andar sozinha a empurrar um carrinho de bonecas que lhe oferecemos no Natal... Tinha 11 meses...Passados dois dias de apoio no carrinho perdeu o medo e começou sozinha...:)
ResponderEliminarAcho que é a primeira vez que comento num blogue. Vim parar aqui por acaso e o post sobre como o seu menino entrou na sua vida fez-me lembrar porque é que acredito tanto no ser humano. Deixe-me enviar-lhe o meu respeito, a minha enorme admiração e a minha "inveja" por ser um ser humano tão magnífico.
ResponderEliminarSandra