terça-feira, 11 de abril de 2017

[histórias para o baby-de-mulata] livros sobre adoção #3

As Famílias Não São Todas Iguais

Este é um livro que ajuda a aplacar angústias e a normalizar a diferença. Põe o dedo na ferida, mas mostra muitas outras, e o mal de muitos alívio é. Quando os meninos perguntam: porque é que o João tem duas casas, a da mãe e a do pai? Porque é que eu não vivo com o meu pai? Porque é que eu tenho uma cor diferente da cor dos meus pais? Porque é que tenho duas mães? Porque é que fui adotado e os outros meus colegas não?

"As Famílias Não São Todas Iguais" ajuda os pais a responderem a todas estas questões e ajuda a criança a chegar à conclusão simples de que família é quem dá amor e quem ajuda a criar esperança!

Divórcio, família reconstruída, adoção interracial, monoparentalidade e adoção homoafetiva são contempladas lado a lado no livro.

A questão punha-se-me mais há uns anos, na altura em que era mãe solteira e me imaginava a responder a questões sobre a ausência do pai. Comecei cedo a ler este livro ao baby e planeava responder simplesmente: "as famílias são todas diferentes. Tu tiveste um pai e uma mãe, como toda a gente, mas depois, como não puderam cuidar de ti, eu fui pedir ao juiz para ser tua mãe para sempre. E agora a família somos nós!" Mas como somos uma família mais tradicional agora ainda não fez grandes perguntas sobre as famílias. Já sobre as barrigas... mas essa é outra história.

3 comentários:

  1. Parece-me um livro muito interessante para todas as crianças (e muito adultos), independentemente do tipo de família que têm!
    Vou procurá-lo e incluí-lo na biblioteca da minha pequenina!

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  2. Excelente sugestão! Vou procurar :)

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  3. A Mia, no ano passado, tinha uma coleguinha de escola a quem os meninos chamavam, quando se referiam a ela, "Faith, she has two moms". A Faith, vim a descobrir, era uma criança filha de meth addicts que foi violada aos três meses... uma história horrível. Foi adoptada por dias enfermeiras da unidade de cuidados intensivos, que se apaixonaram por ela. (Fim de aparte que só dá contexto) Para os meninos como os meus, privar de muito cedo com este tipo de realidades, desde a adopção convencional à adopção gay, é um privilégio, sabes. Quando começou a fazer perguntas sobre as barrigas, respondemos-lhe que todos os meninos precisam de um papá e de uma mamã para nascer, mas depois nascem no coração de outros pais, que ficam muito felizes com o poder cuidar deles. Não lhe faz impressão que uma mãe/pai fique sem/dê o seu bebé, o que é engraçado. Um dia mais tarde talvez faça mas por ora fica satisfeita. Um beijo!

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